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DOR DE OUVIDO EM VIAGENS AÉREAS (Leonardo Sá)


22/08/2010


Quem já não ouviu o choro intenso e angustiante de bebês e crianças durante os vôos, principalmente nas decolagens e aterrissagens? Na maioria das vezes, trata-se de uma intensa dor no ouvido de corrente da deficiência na equalização das pressões entre a parte média do ouvido e o meio externo. Quando o avião sobe, os gases se expandem, ou seja, ocupam mais espaço. A orelha média, região intermediária do ouvido, é uma cavidade praticamente fechada, cuja única abertura é uma comunicação estreita, a tuba auditiva, que a liga com a parte mais interna do nariz, a nasofaringe, permitindo o ajuste entre as pressões externa (nariz e ambiente) e interna (orelha média). As crianças possuem uma anatomia que dificulta ainda mais a adequada função da tuba auditiva. Além do fato desta comunicação ser tão exígua, somam-se algumas alterações nasais, encontradas em muitos dos pequenos passageiros e em adultos, que só fazem contribuir para a maior inci-dência das dores de ouvido (otalgias) durante os vôos. As mais comuns são os resfriados, as gripes, as rinites alérgicas e o aumento das adenóides que geram obstrução nasal e conseqüente dificuldade de equilibrar as pressões.
Nos casos de gripes e resfriados, principalmente nos menores de três anos, é preferível adiar a viagem aérea. Na impossibilidade, é fundamental a lavagem exaustiva do nariz, pelo menos no dia anterior e, principalmente, nos momentos que antecedem a viagem, com soro fisiológico ou solução salina concentrada, ambos disponíveis em farmácias convencionais. Isso tornará o nariz menos obstruído permitindo, mesmo que parcialmente, a função da tuba auditiva. Outras medidas incluem o uso de anti-inflamatórios, anti-alérgicos e descongestionantes orais pelo menos 24 horas antes da viagem, de acordo com cada caso. A utilização de vasoconstrictores nasais, de uso restrito e sempre sobre orientação medica, pode ser de grande valia nos momentos que antecedem a decolagem e a aterrissagem. A ingesta de líquidos, o ato de mascar chicletes ou mesmo deglutir a própria saliva durante os procedimentos de vôo ocasionam a ampliação momentânea da abertura do canal da tuba auditiva na sua porção nasal, ajudando no processo de equilíbrio das pressões.
Uma vez gerada a dor no ouvido, pouco temos a fazer até que o avião aterrisse. A compressa morna úmida em toalha pode ser solicitada à comissária de bordo e deve ser colocada sobre a orelha, com o cuidado de checar a temperatura. O calor gerado alivia a dor. O uso de analgésicos comuns, como a dipirona, pode cessar a dor, mas somente 30 minutos após a to-mada. Além da dor, a sensação de ouvido tampado e perda de audição, tonteira e zumbido podem ocorrer. Os sintomas po-dem durar minutos ou até semanas, dependo da intensidade do problema causado e da história de doenças nasais e otológicas do passageiro. Nos casos mais dramáticos pode ocorrer perfuração da membrana timpânica. Em todos os casos de dor ou qualquer sintoma otológico durante os vôos um especialista deve ser consultado.
Lembrar que, principalmente as crianças com historia de rinite alérgica, com aumento de adenóide ou qualquer outra doença crônica do nariz e também do ouvido apresentam risco aumentado de sofrer com dor de ouvido durante o vôo. Estes problemas devem ser diagnosticados e tratados pelo otorrinolaringologista para que possam viajar com mais tranqüilidade.
Mais informações sobre o Dr. Leonardo Sá:
Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em otorrinolaringologia (UFRJ), Dr. Leonardo Sá é médico e Professor Colaborador do Serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ) e membro da Comissão de Ensino, Treinamento e Residência da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL–CCF). Desde 2003, é sócio da clínica OTOLAB, primeira clínica de Otorrinolaringologia especializada no tratamento infantil no Rio de Janeiro



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