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Tipos de insulina variam conforme tempo de ação e possuem indicações diferentes
28/07/2016
Guia da insulina descomplicada explica as diferenças e como escolher
Antes de falarmos dos tipos de insulina para o portador de diabetes, é preciso entender um pouco como a insulina funciona no nosso organismo. Ela é um hormônio produzido pelo pâncreas e sua principal função é colocar o açúcar que ingerimos, ou seja, a glicose, dentro das células. A glicose, uma vez dentro das células, será usada como combustível, gerando energia.
A insulina é liberada em maior quantidade quando nos alimentamos, mas também é liberada em quantidades pequenas entre as refeições. Isto serve para controlar os níveis de açúcar no sangue nos períodos de jejum e também nos períodos após comermos. Quando o paciente com diabetes precisa usar insulina, é porque seu pâncreas não tem mais capacidade de fabricar a quantidade que o corpo necessita dessa substância para controlar os níveis de açúcar.
No Brasil existem vários tipos de insulina, que são divididas conforme o seu tempo de ação: rápida, ultrarrápida, lenta (longa) e intermediária. Ou seja, se uma insulina funciona imediatamente após ser aplicada ela será ultrarrápida, se ela demora mais tempo para fazer seu efeito é chamada de insulina longa.
Tipos de insulina
A insulina regular é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.
A Insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas.
Há alguns anos vem sendo desenvolvido pelas indústrias farmacêuticas um tipo especial de insulina, chamado análogo de insulina. Estes análogos são moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas.
Entre os análogos de insulina, são encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.
Existe ainda um tipo de insulina chamado de pré-mistura, que consiste de preparados especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50 e 70:30.
Pelo fato de funcionarem em tempos diferentes, as insulinas podem ser combinadas para imitar o pâncreas normal. Quando aplicamos a insulina lenta ou intermediária, estamos buscando controlar o açúcar entre as refeições, e quando usamos insulina rápida ou ultrarrápida, o objetivo é controlar a glicose ingerida das refeições.
No entanto, essa é uma regra geral, e cada paciente receberá uma prescrição do seu médico conforme o caso e a hora mais necessária para controlar os níveis de glicose. A melhor insulina será aquela que irá controlar a glicose da forma mais parecida com o seu pâncreas, evitando assim que os níveis de açúcar permaneçam altos.
Fonte: Minha Vida
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