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Terceira-idade: perda de memória e quedas frequentes nem sempre são normais
23/08/2016
Saiba diferenciar sintomas comuns da "velhice" de doenças neurodegenerativas
A população brasileira está envelhecendo e, futuramente, estima-se que o número de portadores de alguma doença neurodegenerativa mais do que dobre. Neste contexto, é importante saber diferenciar manifestações clínicas de doenças neurológicas que podem ser confundidas com o processo normal de senescência ou envelhecimento.
A principal doença neurodegenerativa no Brasil e no mundo é a doença de Alzheimer, que se manifesta clinicamente por uma perda de memória para fatos recentes, alterações de linguagem (como dificuldade para nomear objetos), além de sintomas comportamentais e psiquiátricos. Entretanto, o ponto fundamental que distingue o início deste processo é o fato de os sintomas interferirem com as atividades de vida diária. Assim, um indivíduo idoso que tem uma queixa de memória (lembrar nomes de pessoas ou onde guardou um objeto), mas cuja alteração não interfere em nada sua atividade diária, possivelmente convive com um processo normal do envelhecimento cerebral, caracterizado por perda de neurônios colinérgicos no córtex.
Em relação à doença de Parkinson, segunda doença neurodegenerativa mais comum, a atenção se volta para os sintomas motores, e não os sintomas cognitivos. Isto porque os sinais cardinais desta doença neurodegenerativa são a lentidão, tremor de repouso, rigidez muscular e desequilíbrio. Novamente, a pista para o diagnóstico não é confundir a lentidão motora global que pode caracterizar a mobilidade da maioria dos idosos, mas sim procurar outros elementos, como a assimetria desta lentidão (um braço se movimenta e o outro não), além do clássico tremor que predomina em uma das mãos durante o período que o braço está em repouso. Quedas frequentes e não motivadas por um escorregão ou tropeço em algo também são um importante sinal de alarme.
Assim, vemos que existem vários sintomas neurológicos que podem se confundir com manifestações usuais de um idoso. Uma atenção redobrada para os elementos discutidos acima e orientação médica, quando necessária, auxiliarão na tomada de decisão e definição mais correta de um diagnóstico.
Fonte: Minha Vida
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