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Robôs podem vir a realizar cirurgias no SUS
20/09/2017
O Ministério da Saúde avalia um projeto desenvolvido no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília, e discute investimentos para a implantação de tecnologia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é que a tecnologia torne os procedimentos cirúrgicos cada vez menos invasivos.
O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Fireman, afirmou que o projeto é ousado e importante. "Estudamos a possibilidade de introduzir a tecnologia robótica em fase experimental de pesquisa para fazer a avaliação de desempenho no SUS, verificar benefícios para saber se temos viabilidade de ampliar o investimento futuramente para outros hospitais", complementa.
O robô é um aparelho, comandado pelo cirurgião, que permite alta precisão e reduz o tempo de duração dos procedimentos. É uma inovação que permite a visualização de tumores de forma mais detalhada, rastreando, inclusive, aqueles que não são identificados em cirurgias comuns. "A tecnologia permite alto desempenho em procedimentos de ressecção de tumores e aumenta chances de cura de pacientes oncológicos. É um avanço inestimável", pontuou o médico e diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Renato Teixeira.
O uso da robótica na saúde já é uma prática consolidada em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 3.500 robôs em unidades hospitalares para cirurgias de alto grau de complexidade. "É uma tendência mundial. O HRAN é também um centro de ensino. Um projeto como esse permite, além do aumento na recuperação de pacientes, mas também a possibilidade de preparar médicos para o futuro", diz.
O ministério já oferece incentivos fiscais para projetos que utilizem a tecnologia robótica, por meio dos programas de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), feitos por entidades filantrópicas credenciadas ao SUS.
FONTE: A Tarde
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