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Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica orienta sobre procedimentos estéticos


25/07/2018


O conselheiro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib, afirma que é preciso observar alguns detalhes antes de se submeter a procedimentos estéticos.

Segundo Aboudib, o primeiro cuidado que deve ser tomado é procurar um médico competente pra realizar aquele procedimento. Ele orienta que, para isso, o paciente faça uma pesquisa no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Existem diversos outros nomes para iludir o paciente, envolvendo cirurgia, medicina, estética, combinações desses nomes que são feitos para iludir o paciente querendo se parecer que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. São seis mil membros no Brasil. Você indo a um médico desses, você tem certeza de que ele teve, além da faculdade, cinco anos de pós-graduação e foi submetido a uma prova escrita, oral e prática para receber o título de especialista. Ele tem, no mínimo, um treinamento adequado, explicou o conselheiro.

Tais procedimentos devem ser feitos, de acordo com José Horácio Aboudib, em um hospital ou clínica que tenha autorização da Anvisa.

É um órgão que a Anvisa fiscalizou e tem as condições adequadas de centro cirúrgico, de esterilização, de segurança para o paciente para que a cirurgia possa ser realizada, destacou.

Outro fato que deve ser observado é o preço do procedimento. Caso a oferta esteja muito abaixo do valor de mercado, é necessário desconfiar.

Qualquer coisa que fuja de uma média de mercado, alguma coisa de errado está, disse Aboudib.

Morte após lipoescultura

A pedagoga Adriana Pinto foi enterrada, nesta terça-feira (24), no cemitério em Paracambi, na Baixada Fluminense. Ela é a terceira mulher a morrer depois de passar por procedimento estético, nos últimos 10 dias.

Adriana, de 41 anos, fez lipoescultura no dia 16 de julho. O marido dela contou, em depoimento que, no último domingo, a pedagoga começou a se queixar de falta de ar. Ele disse que de madrugada, Adriana foi ao banheiro, perdeu a consciência e morreu em seguida.

Ela fez o procedimento cirúrgico no consultório da dra. Geysa Leal Correia, que se apresenta como especialista em medicina estética.

O consultório da dra. Geysa fica em um prédio em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. Segundo informações da recepção, a clínica, que se chama Soleil, não abriu nesta terça-feira. A médica e os funcionários não foram trabalhar.

A TV Globo tentou entrar em contato com a médica por telefone, mas ela não atendeu às ligações.

A Sociedade Brasileira de cirurgia plástica disse que Geysa não tem licença para fazer cirurgia plástica, mas em gravação que circula nas redes sociais, ela admite que atua como cirurgiã.

Eu fiz lipo em uma paciente na segunda-feira, dia 16. Uma moça de 41 anos, dois filhos, saudável, sem doença alguma, que pediu para o marido como presente de aniversário de casamento, disse Geysa Leal Correa.

Às quatro horas da manhã ela levantou para ir ao banheiro e ele perguntou: está tudo bem? Ela disse está. Vou ao banheiro. Quando voltou, caiu dura, caiu morta, teve uma morta súbita.

A Justiça confirmou que a médica Geysa Leal Correa já responde a três processos cíveis por erro médico em procedimentos estéticos. As vítimas pedem indenização por danos morais.

Polícia investiga outro caso

A polícia investiga também a morte de Mayara da Silva dos Santos, de 24 anos, na madrugada do último domingo (22).

Ala veio da Dinamarca, onde morava, para fazer o procedimento. Parentes e amigos contaram que o preenchimento de glúteos pode ter sido feito na casa de Tânia Cristina de Lima Torp, no Recreio, Zona Oeste do Rio.

Foi Tânia quem acompanhou Mayara até o hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

Em depoimento, Tânia disse que não tinha muita amizade com Mayara e que chegou à casa dela por volta das 17h do dia 20, contando que tinha feito uma avaliação de drenagem linfática e que não estava se sentindo bem.

Ela afirmou ainda que, às 18h30, Mayara teve uma crise convulsiva e começaram os procedimentos de socorro. Tânia disse ainda que, posteriormente, ela foi levada ao Lourenço Jorge e que acompanhou Mayara no interior da ambulância dos bombeiros. Mayara morreu na madrugada de sábado (21).

Os dois casos aconteceram poucos dias depois da morte da bancária Lilian Calixto, no último dia 15. Ela fez um procedimento estético com o médico Dênis Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, na cobertura dele.

Dênis, a mãe dele, Maria de Fátima Furtado, e a namorada dele, Renata Cirne, estão presos pela morte da bancária.

Perguntas e respostas sobre a bioplastia

Ainda não há confirmação se o que matou Lilian Calixto foi o PMMA. Laudo do Instituto Médico-Legal mostrou-se inconclusivo, e os peritos pediram mais tempo. Nos dois novos casos, detalhes dos procedimentos estão sendo investigados.

Desde a morte da bancária, médicos e especialistas em aprimoramento estético alertam para os riscos da bioplastia. A seguir, as principais dúvidas:

O que é a bioplastia e o PMMA?

Bioplastia é o nome que se dá para procedimentos realizados com PMMA (polimetilmetacrilato), um tipo de acrílico. Como o PMMA também é chamado de bioplástico, surgiu o nome bioplastia. "É um termo inventado para determinar procedimentos com o chamado bioplástico [o PMMA]", diz Niveo Steffen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em São Paulo.

Apesar de receber o nome de "bioplástico", o PMMA não é absorvido pelo organismo, diz Steffen. O PMMA é usado na indústria para a produção de canetas, placas, faróis, etc. Nos procedimentos cirúrgicos, são aplicadas microesferas do produto.

"O PMMA não é um produto absorvido pelo organismo. E esse é um grande problema dele", diz Niveo Steffen, presidente da Sociedade de Cirurgia Plástica.


Como o polimetilmetacrilato é aplicado?

Com anestesia local e a introdução de uma microcânula, uma espécie de agulha, no local em que se quer o preenchimento. É um procedimento simples, mas perigoso pela característica do material.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, por mais simples que seja, qualquer procedimento cirúrgico deve ser feito em ambiente hospitalar, com salas preparadas para qualquer complicação – o que não foi o caso da aplicação pelo Dr. Bumbum, que fez o procedimento em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Quais são os riscos do produto?

Como não é absorvido pelo organismo, o PMMA pode trazer reações inflamatórias. Ele também dificilmente pode ser retirado do corpo. "Dá para tentar retirar uma parte, mas não tudo", explica Steffen.

Uma vez na corrente sanguínea, o produto pode entupir uma artéria, acarretando em paradas cardíacas, ou acidente vascular cerebral ou embolia pulmonar.

Todas essas situações ocorrem porque o material impede que o sangue, que carrega alimentos e oxigênio chegue ao órgão: no coração, é a parada cardíaca, no pulmão, é a embolia e no cérebro, o AVC.

Quem pode fazer o procedimento?

Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ninguém deveria usar o produto pelas altas complicações que ele pode trazer.

No Sistema Único de Saúde o PMMA é utilizado em procedimentos seguros para o fim de correções de deformações advindas do uso de antirretrovirais em pacientes com HIV/Aids.

A ex-modelo Andressa Urach chegou a injetar a substância, mas teve complicações por causa de outra intervenação com hidrogel. O produto também é aprovado pela Anvisa, mas deve ser usado em situações muito específicas e em pouca quantidade.

O que pode ser usado em vez do PMMA?

Niveo Steffen informa que hoje é mais utilizado o enxerto de gordura para aumentar volume, mais seguro e totalmente compatível com o organismo. Para preenchimento, como é o caso de produtos usados para a correção de rugas, por exemplo, ácido hialurônico e botox são seguros e compatíveis. O próprio silicone médico também pode ser usado e tem maior compatibilidade, informa Niveo Steffen.

O PMMA é regulamentado? O que diz a Anvisa?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que o PMMA tem registro desde 2004 com validade até 2024. A substância é usada em uma variedade de produtos para a saúde, como dentes artificiais e implantes.

"Sob a forma de microesferas, a técnica é utilizada para correções de pequenas assimetrias. Pode ser utilizada em procedimentos estéticos para corrigir rugas ou restaurar pequenos volumes perdidos pela idade", diz a agência.

A agência informa também que qualquer uso da substância não prevista em bula é aplicada por conta e risco do médico que a prescreve.

Quanto custa?

Há relatos de que pacientes chegam a pagar R$ 20 mil pelo procedimento. Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, além de ser perigoso e não dever ser feito, o preço para o PMMA "nem se justifica por ser um material barato", diz Niveo Steffen.

Como descobrir se um médico é confiável?

Vale checar se o médico tem registro no Conselho Regional de Medicina na região em que atua. No caso do médico conhecido como "Dr. Bumbum" ele não tinha registro para atuar na cidade do Rio de Janeiro.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica também disponibiliza uma consulta em seu site para saber se o profissional é ou não credenciado pela sociedade para realizar uma cirurgia plástica.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que vai investigar as denúncias da morte de Lilian, além de notificar a Polícia Federal sobre o caso.

Segundo Niveo Steffen, a aplicação de produtos estéticos sofre de dois problemas. Um deles é a aplicação por profissionais que não são médicos. "Tem dentista, enfermeiro e biomédico que aplica", diz. Outra questão é sobre a aplicação por médicos que não têm especialização da área.

Como saber se posso confiar no lugar em que vou fazer o procedimento ?

Um procedimento, mesmo que seja minimamente invasivo, precisa ser feito em um ambiente preparado, um hospital ou um centro cirúrgico com aparelhamento para qualquer problema que precise de atendimento profissional em uma emergência, informa Francesco Mazzarone, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa.

Fonte:G1 Globo



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