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Artigo sobre célula-tronco reacende polêmica sobre clonagem humana .


16/05/2013



Artigo sobre célula-tronco reacende polêmica sobre clonagem humana Grupo britânico chamou publicação de irresponsável.

Para pesquisadora brasileira, intenção do autor não é mau uso.

O artigo desta quarta-feira (15) da revista "Cell", mostrando uma técnica para criar células-tronco embrionárias por meio de clonagem, já foi publicado sob polêmica, por mostrar um caminho que, em teoria, possibilita criar clones humanos. Os autores fizeram o mesmo procedimento já usado para clonagem de animais, mas alteraram alguns passos.

Um grupo britânico chamado Human Genetics Alert protestou contra a pesquisa. "Os cientistas, finalmente, entregaram o bebê que pretensos clonadores humanos têm estado à espera: um método confiável para criar embriões humanos clonados", disse David King, diretor do grupo, à Reuters. "Isso torna imperativo que nós criemos uma proibição legal internacional sobre a clonagem humana, antes que mais pesquisas como essa apareçam. É irresponsável ao extremo a publicação desta pesquisa."

A pesquisadora brasileira Lygia da Veiga Pereira, da Universidade de São Paulo (USP), confirma que a equipe de Shoukhrat Mitalipo de fato trouxe a público um novo caminho que poderia viabilizar a clonagem humana, mas ressaltou que o propósito dos cientistas é que se possam aproveitar as possibilidades terapêuticas das células-tronco, não permitir que elas se tornem novas pessoas.

As células-tronco embrionárias são as únicas capazes de se especializar em todo tipo de células do corpo e de se multiplicar sem limite, tendo assim um enorme potencial terapêutico. Essas células são especialmente promissoras para o tratamento de doenças como o mal de Parkinson, a esclerose múltipla, doenças do coração e lesões na medula espinhal.

- Intenção

“Ele ajudou a vida de quem quer fazer um clone, mas é claro que não é sua intenção”, diz a cientista, que enfatizou o feito do autor e sua equipe. “Eles conseguiram, mudando o meio de cultura, fazer embriões clonados com uma grande eficiência. Sempre imaginei que precisariam de centenas de óvulos. Foi com um número de óvulos relativamente pequeno”, explicou. Para a pesquisadora, a questão de um eventual mau uso da clonagem deve ser tratada por meio de mecanismos de controle e legislações que punam quem cometer desvios.

O site da revista “Nature” entrevistou Masahito Tachibana, pesquisador japonês que trabalha há cinco anos no laboratório de Mitalipo, e ele afirmou que em breve será publicado um novo texto explicando porque a clonagem de um ser humano não é possível com a técnica apresentada nesta quarta.

Outra questão ética envolvida é o descarte de embriões. Historicamente, o embrião é o resultado da fecundação de um óvulo por um espermatozoide. Como no caso dessa nova pesquisa, o DNA de uma célula já adulta é transferida para um óvulo, não há de fato uma fecundação no sentido clássico. No entanto, como alerta a professora Lygia, com a criação de células-tronco a partir de células já adultas, a definição de embrião fica em cheque.

A transferência de núcleo apresentada por Mitalipo e sua equipe é uma técnica complicada de uma linha de pesquisa que já vinha perdendo força. No ano passado, o Nobel de Medicina foi para trabalhos que mostram que células adultas podem ser "reprogramadas" para se tornar imaturas e pluripotentes (IPS), ou seja, capazes de se especializar em qualquer órgão ou tecido corporal, manipulando-se apenas quatro genes. Essa é, há quase uma década, a principal aposta da comunidade científica, em detrimento dessa reprogramação por meio de clonagem.

Segundo Lygia da Veiga Pereiram, Mitalipo viabilizou uma técnica de “caixa-preta”, pois conseguiu a criação da célula-tronco sem que se saiba exatamente como acontece a reprogramação dentro do óvulo, ao contrário do caminho premiado com o Nobel de 2012, liderado pelo japonês Shinya Yamanaka, que é muito mais simples e já vem sendo aplicado, inclusive no Brasil.

Ainda assim, ela considera o trabalho publicado pela “Cell” importante: “Será que essas células são mais interessantes que as IPS? Será que essa técnica não pode ser usada em fertilização in vitro normal? Que pode ajudar casais a terem filhos?” São perguntas que ficam, por enquanto, em aberto.


Fonte: Saúde G1



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