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Combata a inflamação comendo certo


03/07/2013



Conheça os alimentos com maior potencial inflamatório e fuja deles. Veja também quais ajudam a lutar contra o processo inflamatório

Você sabia que alguns alimentos têm ação inflamatória no organismo? Muita gente ignora isso, mas escolher o que comer e o que deixar de lado pode reduzir ou aumentar os efeitos da inflamação no corpo.

Ao classificar os alimentos de acordo com seu grau mais alto ou baixo de ação inflamatória, pesquisadores e especialistas foram capazes de concluir, por exemplo, que uma grande dificuldade para emagrecer pode ter origem nas escolhas feitas para compor o prato, mesmo que se esteja levando em conta a quantidade de calorias.

Além de prejuízos estéticos, uma dieta rica em alimentos inflamatórios e pobre em itens com efeito oposto também pode afetar seriamente a saúde.

“De acordo com os componentes alimentares escolhidos, uma dieta pode proteger contra uma resposta inflamatória exacerbada e ser protetora indireta do desenvolvimento de algumas doenças, como câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas relacionadas com inflamação”, exemplifica o nutricionista José Aroldo Gonçalves, professor e diretor da NutMed, do Rio de Janeiro (RJ).

O índice inflamatório foi criado por pesquisadores norte-americanos em 2010, para avaliar o potencial de contribuição da dieta nesses processos. Considera-se, assim, uma série de alimentos como os mais anti-inflamatórios.

Já o grupo dos alimentos com maior potencial inflamatório inclui, em ordem descrescente, carboidratos, lipídios, gorduras saturadas, colesterol e ácidos graxos ômega-6. Conheça a seguir algumas das características desse grupo e entenda por que o organismo agradece a decisão de evitar ou ao menos reduzir o consumo desses alimentos no dia a dia.

- Gordura trans

Presentes em alimentos processados, elas são semelhantes em estrutura à gordura saturada, mas têm um impacto ainda maior sobre os altos níveis de colesterol total e LDL (o colesterol “ruim”), enquanto diminuem os de HDL (o colesterol “bom”).

- Gordura saturada

Ela é encontrada em produtos de origem animal, como carnes e laticínios – fast-food também tem grande concentração dessa gordura. Aumentar a ingestão dela contribui para aumentar os níveis de colesterol total e de LDL, além de elevar o risco de doença cardiovascular.

“De acordo com o Journal of the American College of Cardiology (2006), a gordura saturada estimula inflamação que resulta em obstrução do fluxo de sangue, o que pode conduzir à aterosclerose”, orienta Gonçalves.

Deste modo, recomenda-se consumo não superior a 10% das calorias totais a partir de gordura saturada, para quem não tem risco cardiovascular, e não mais que 7% para os que têm esse risco.

- Açúcar simples e pão branco

Estes alimentos são conhecidos como carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja, promovem elevação rápida na glicose que circula na corrente sanguínea. Também são promotores de inflamação no corpo e seu consumo frequente está associado a um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

“Estudos recentes vêm mostrando a correlação entre a qualidade dos carboidratos da dieta e importantes fatores de risco de síndrome metabólica e obesidade”, ressalta o nutricionista.

- Álcool

O consumo de bebidas alcoólicas também podem desencadear alguns efeitos de inflamação, como vermelhidão da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Tais condições podem ser exacerbadas em pessoas cujo organismo apresenta maior dificuldade em metabolizar o álcool.

“Altas doses de álcool, em geral, provocam anormalidades na parede do intestino, redução na capacidade do intestino de absorver nutrientes e interferência no metabolismo celular das vitaminas do complexo B, do acido fólico e do ferro” anumera Gonçalves.

- Leite (e derivados) e glúten

Macromoléculas de alimentos ricos nestes compostos têm a capacidade de atravessar o epitélio gastrointestinal e entrar na circulação, desencadeando processos inflamatórios em quem tem hipersensibilidade à lactose e ao glúten. Quem não tolera esses alimentos, deve evitá-los e buscar orientação médica e nutricional para lidar com o problema sem muitos prejuízos à alimentação.

- Glutamato monossódico

Presente na grande maioria dos temperos e dos alimentos pré-prontos, o glutamato monossódico (também conhecido como MSG) atua como um realçador de sabor. No entanto, diversos estudos apontam consequências nada saborosas relacionadas ao consumo deste sal, desde a destruição das células da retina até influência na secreção de insulina pelo pâncreas a e na tolerância à glicose em indivíduos saudáveis.

“Uma das reações mais reportadas quando da ingestão de glutamato monossódico são as dores de cabeça ou enxaquecas”, diz o nutricionista José Aroldo Gonçalves.

Outros sintomas associados à ingestão dessa substância incluem desde erupções cutâneas, prurido e urticária até náuseas, vômitos, asma, alterações de pressão arterial (decorrente do sódio), irregularidades cardíacas, depressão e até convulsões.


Fonte: Saúde iG



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