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Cistite: aprenda a se prevenir dessa infecção


06/09/2013



A cistite afeta muitas mulheres e pode ser combatida com tratamento correto. Veja como prevenir futuras infecções

Pela própria anatomia do corpo feminino, a cistite afeta muito mais as mulheres do que os homens. Como a uretra (o canal por onde passa o xixi) é curta e próxima do ânus, a possibilidade de contaminação é frequente. E quando as bactérias entram pela uretra e atingem a bexiga, surgem sintomas como dor na parte baixa da barriga, ardência para urinar e vontade de ir ao banheiro toda hora. Às vezes, a urina fica com cheiro forte e com um tom amarelo- escuro. "Procure logo ajuda médica. A cistite que não é combatida pode evoluir para pielonefrite, uma infecção nos rins", alerta Júlio Resplande de Araújo Filho, chefe do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia.


Xixi depois do sexo ajuda na prevenção

A cistite é uma inflamação da bexiga geralmente provocada por uma infecção que ocorre quando bactérias entram pela uretra. A atividade sexual é um dos fatores que podem iniciar o processo. O atrito do pênis na região machuca um pouco esse canal, o que facilita a entrada dos microrganismos. Por isso, é recomendável que a mulher urine logo após a relação. A descida da urina ajuda a transportar as bactérias para fora. "O intestino preso também pode causar cistite. Ele faz com que haja maior quantidade de bactérias no reto", afirma Júlio Resplande.


Como se prevenir da cistite?

Para impedir que as bactérias do reto se movam para onde não devem, além de cuidar para que seu intestino funcione bem, preste atenção à higiene. Ao evacuar, procure lavar o local com água e sabonete. Se não for possível, passe o papel higiênico sempre de frente para trás, para não contaminar a região da vulva. Você deve também beber muita água. Em mulheres que ingerem pouco líquido, existe uma facilidade maior de pegar infecção de urina. E não segure por muito tempo a vontade de urinar. Outras medidas importantes: dormir sem calcinha e não usar calças justas demais, assim a genitália fica mais ventilada, o que é ótimo para não deixar que as bactérias se multipliquem.


Felizmente, existe alívio!

Quem começa a sentir o incômodo da cistite não deve ficar sofrendo. Se ainda não estiver com dores agudas, vá a uma consulta com um urologista, que possivelmente irá pedir um exame de urinocultura. Esse teste fica pronto em alguns dias e aponta com precisão qual o tipo de bactéria e o melhor antibiótico para vencê-la. Mas, se a dor estiver insuportável, procure um pronto-socorro. Lá deve ser realizado o exame de urina tipo I, que confirma a infecção. Com base nesse exame, o médico já pode dar uma medicação para aliviar os sintomas e também um antibiótico. Em um ou dois dias, você já sentirá a melhora. Não interrompa o antibiótico antes do prazo, mesmo que não sinta mais nada. "Se parar o medicamento, a infecção pode voltar", diz o especialista.


Ela de novo não!

Algumas mulheres são mais propensas a ter cistite. Se você tem dois episódios por semestre ou três por ano, pelo menos, o seu caso é recorrente e pede um tratamento diferenciado. "Pode-se utilizar antibióticos de maneira preventiva, em doses temporárias", diz Júlio Resplande. Segundo o urologista, algumas mulheres com o problema se beneficiam também ao tomar suco de cranberry ou cápsulas à base dessa frutinha da América do Norte. "O cranberry pode ajudar a reduzir a adesão da bactéria, mas as evidências científicas de que realmente funciona ainda são fracas", observa o especialista. Alimentos muito condimentados, pimentas, café, refrigerantes e álcool irritam a bexiga e devem ser evitados nas fases críticas.



Fonte: MdeMulher



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