Rua Sorocaba, 706 - Botafogo
CEP: 22271-110 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.:2103-1500 - Fax:2579-3713
E-mail: sac@clinicoop.com.br
Notícias

[24/07/2023]
Afinal o que é intolerância á lactose?
O leite é formado de água (87%), gordura , proteínas e carboidrato.
[19/07/2023]
Revelado tratamento simples para diabetes e pressão alta!
A eficiência de uma pesquisa perseverante
[03/02/2022]
Em estudo, selênio reduz danos cardíacos causados por doença de Chagas
Substância, que atua como um antioxidante, foi capaz de reduzir os danos cardíacos relacionados à fase crônica da enfermidade
[02/02/2022]
Estudo de proteína abre possibilidade para remédios contra doenças no cérebro
Pesquisadores da UFRJ identificaram relação da Lamina-B1 com o envelhecimento do cérebro, possibilitando criação de tratamentos para doenças neurológicas

+ mais   


Check-up médico: bateria de exames não susbstitui análise clínica


11/09/2013


Check-up médico: bateria de exames não susbstitui análise clínica


Exames alterados nem sempre indicam que paciente tem ou terá uma doença

Visualize o cenário: o paciente entra no consultório e diz "Doutor, estou ótimo. Vim só para um checkup e queria fazer todos os exames que há", ou, o paciente nada pede, mas recebe um pedido padrão de 40 exames. Já aconteceu com você? A dúvida aqui é: esses exames realmente melhoram a quantidade e qualidade de vida? Minha opinião é que ocorre exatamente o oposto e para entender por que, vejamos como raciocina o médico.


Como pensa o médico

A primeira ação de um médico ao receber um paciente é perguntar sua queixa e tentar, por meio da história e do exame físico, compreender a origem desta. Ao fim dos procedimentos, ele muito provavelmente já alinhavou várias hipóteses diagnósticas cabendo-lhe agora a tarefa de testá-las em ordem decrescente de probabilidade, até uma se provar correta. É nesse momento que o exame entra como o instrumento utilizado para ajudar a confirmar ou descartar uma hipótese - e é somente nesse contexto que ele tem sentido ou relevância. Quando o médico pede um exame, ele já sabe qual conjunto de resultados afirmaria ou negaria suas suspeitas. Por conseguinte, exames dissociados de uma hipótese são ininterpretáveis, não informativos e perigosos.


Mas por que perigosos?

Dentre 40 exames, é inevitável alguns estarem alterados. Porém, exames alterados não refletem obrigatoriamente a presença de doença. Cabe ao médico fazer a conexão no contexto de sua hipótese diagnóstica. Ao mesmo tempo, por mais inexplicável que seja esta alteração, é muito difícil o médico ignorá-la. Então, o exame não apenas consumirá parcela significativa da atenção do médico, mas também desviará o raciocínio clínico numa direção improdutiva, motivando mais exames para tentar explicar o inexplicável e irrelevante. Estes, por sua vez, indicarão mais desvios, perpetuando uma confusão que atrasa e dificulta o diagnóstico correto.


Mas não é que quanto mais exames, mais seguro estou?

A essência da boa saúde é a prática regular de bons hábitos, e a essência do diagnóstico é a história e o exame físico. Basear sua saúde em exames seria fazer como diz o chiste que afirma que para garantir sua segurança aérea, você deve levar consigo a própria bomba, pois a chance de haverem duas bombas no mesmo vôo é insignificante. É uma ilusão de segurança que pode te prejudicar, pois exames alterados produzem mais exames e procedimentos que te exporão a riscos e complicações desnecessários e indesejáveis.

É por isso que vosso papel como bom paciente é escolher bem seu médico de confiança, alguém com quem você possa dialogar abertamente, cujas atitudes façam sentido e deixá-lo trabalhar. E o papel do médico é sempre se lembrar da frase que seus mestres tanto martelaram durante sua formação: ?a clínica é sempre soberana, portanto trate o paciente, não o exame?. Qualquer outra abordagem é pegar um atalho para o inferno.



Fonte: Minha Vida



Bookmark and Share

< voltar   
Home     |     Clínica     |     Especialidades     |     Corpo clínico     |     Localização     |     Contato