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Ômega-3 pode prevenir demência relacionada ao álcool
13/09/2013
O uso do óleo de peixe diminuiu em 95% a morte celular em cérebros de ratos expostos à grandes quantidades de álcool
O óleo de peixe Omega-3 pode ajudar a proteger contra a demência relacionada ao álcool, de acordo com estudo apresentado no 14 º Congresso da Sociedade Europeia para a Investigação Biomédica sobre Alcoolismo, que está sendo realizado em Varsóvia, na Polônia.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Loyola University Chicago Stritch School of Medicine, analisou as células do cérebro de ratos que haviam sido expostos à grandes quantidades de álcool.
Em um estudo anterior, realizado pela mesma equipe de investigação, foi descoberto que beber de forma moderada (cerca de dois drinques por dia para homens e uma para mulheres) poderia reduzir o risco de declínio cognitivo e demência.
A pesquisa mostrou que pequenas quantidades de álcool podem melhorar a aptidão das células cerebrais, por "endurecer-las" para lidar com o estresse que leva à demência. No entanto, o mesmo estudo comprovou que elevadas quantidades de álcool podem "esmagar" as células, levando à inflamação e a morte celular.
De acordo com a Alzheimers Society, a demência relacionada ao álcool (muitas vezes referida como a síndrome de Wernicke-Korsakoff), é diagnosticada em cerca de 1 em cada 8 pessoas com alcoolismo. Estudos têm demonstrado que a condição é mais comum nos homens entre as idades de 45 e 65, com uma longa história de abuso de álcool.
Para este estudo, os pesquisadores avaliaram as células do cérebro de ratos adultos que foram expostos à grandes quantidades de álcool (o equivalente a um ser humano consumindo quatro vezes o limite legal de álcool para dirigir).
As células foram então comparadas com as células do cérebro que foram expostos ao óleo de peixe omega-3 - ácido docosahexanóico (DHA) - juntamente com a mesma quantidade de álcool.
Os resultados mostraram que as células do cérebro expostas à combinação de óleo de peixe e de álcool tiveram uma diminuição de quase 95% nos processos inflamatórios e de morte celular em comparação com as células do cérebro que foram expostos ao álcool sem o omega-3.
"Nós descobrimos que a presença de DHA reduz significativamente ou elimina a morte neuronal. O cérebro contém níveis significativos de DHA endógeno em membranas, mas esta presença é reduzida pelo consumo excessivo de álcool, o que pode ser solucionado com uma suplementação. Além disso, existem certos passos críticos neuroinflamatórios das enzimas que podem levar à morte neuronal, possivelmente aumentando a radicais livres de oxigénio. Estes processos são aumentados com o consumo excessivo do álcool e podem ser balanceados com a suplementação de DHA," afirma o autor do estudo Michael Collins.
Fonte: ISaúde
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