Rua Sorocaba, 706 - Botafogo
CEP: 22271-110 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.:2103-1500 - Fax:2579-3713
E-mail: sac@clinicoop.com.br
Notícias

[24/07/2023]
Afinal o que é intolerância á lactose?
O leite é formado de água (87%), gordura , proteínas e carboidrato.
[19/07/2023]
Revelado tratamento simples para diabetes e pressão alta!
A eficiência de uma pesquisa perseverante
[03/02/2022]
Em estudo, selênio reduz danos cardíacos causados por doença de Chagas
Substância, que atua como um antioxidante, foi capaz de reduzir os danos cardíacos relacionados à fase crônica da enfermidade
[02/02/2022]
Estudo de proteína abre possibilidade para remédios contra doenças no cérebro
Pesquisadores da UFRJ identificaram relação da Lamina-B1 com o envelhecimento do cérebro, possibilitando criação de tratamentos para doenças neurológicas

+ mais   


Primeira veia feita com células-tronco é usada em criança


21/06/2012


A operação, relatada na versão on-line da revista médica "The Lancet" nesta quinta (14), marca o avanço na busca de novas formas para fabricar partes do corpo.

A técnica pode abrir as portas para enxertos feitos com células-tronco que podem, por exemplo, ser usados em cirurgias para revascularizar o coração ou em pacientes que precisam de hemodiálise mas não têm vasos adequados.

A equipe sueca agora diz que está trabalhando com uma empresa para comercializar a técnica.

"Acredito que em um futuro próximo vamos conseguir transplantar veias e artérias em larga escala", afirmou Suchitra Sumitran-Holgersson, professora de biologia de transplantes na Universidade de Gothenburg e membro do grupo que realizou a operação na menina, em março de 2011.

A vantagem de usar tecido criado a partir das células do próprio paciente é que não há risco de rejeição. Assim, também não há necessidade de usar remédios imunossupressores para combater a rejeição pelo resto da vida, como é comum em transplantes.

EVOLUÇÃO
Há quatro anos, uma mulher de 30 anos recebeu o primeiro transplante do mundo feito com uma traqueia desenvolvida de forma similar. O órgão foi retirado de um doador e suas células foram eliminadas, restando só a estrutura do tubo, feito de proteínas. As células-tronco da paciente foram então usadas para repovoar o tubo e formar a traqueia. Outras operações desse tipo já foram feitas desde então.

O caso revelado agora envolveu uma menina com uma obstrução na veia porta hepática, que leva o sangue do intestino e do baço para o fígado. Esse bloqueio pode causar a morte.

A equipe da Universidade de Gothenburg extraiu um pedaço de 9 cm de uma veia da virilha de um doador morto e removeu todas as células. Restou só o tubo, feito de proteínas. As células-tronco extraídas da medula óssea da menina foram injetadas no tubo e, duas semanas depois, o enxerto foi implantado.

O fluxo sanguíneo voltou ao normal imediatamente com a ajuda da nova veia, dizem os médicos. Mas, depois de um ano, o vaso se estreitou e um novo enxerto foi feito.
Martin Birchall e George Hamilton, da University College London, afirmaram em um comentário também publicado no "Lancet" que os médicos suecos pouparam a menina do trauma de ter uma veia retirada de partes profundas do pescoço ou da perna e evitaram um transplante de fígado.

Mas eles fizeram ressalvas à técnica, destacando a necessidade de testes clínicos e do desenvolvimento de um processo de produção da veia com maior controle de qualidade.
A pesquisadora Sumitran-Holgersson disse que sua equipe já simplificou o processo. As células-tronco podem ser extraídas do sangue em vez da medula óssea, de forma menos invasiva.

Ela quer testar a técnica com artérias ainda neste ano.
"Vamos ver mais e mais desses enxertos personalizados no futuro", afirmou.

A parceria com uma empresa deve permitir a exploração comercial da técnica, o que pode levar à oferta de tubos a partir dos quais os vasos personalizados poderão ser construídos.

No mundo, cientistas desse novo campo da medicina regenerativa trabalham para desenvolver diferentes órgãos e tecidos em laboratórios, incluindo pulmões e corações.
Mas construir órgãos tão complexos é muito mais difícil do que fazer vasos sanguíneos.

Fonte: www.folha.uol.com.br



Bookmark and Share

< voltar   
Home     |     Clínica     |     Especialidades     |     Corpo clínico     |     Localização     |     Contato