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Vacina da gripe (influenza)
22/04/2014
Imunização é opcional e previne doença respiratória aguda
• O que é a vacina da gripe
A vacina da gripe é opcional e está disponível na rede privada e na rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, crianças de seis meses e menores de dois anos, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade.
As vacinas trivalentes, obtidas a partir de culturas em ovos embrionados de galinha, contêm 15 microgramas de dois subtipos do sorotipo A e 15 microgramas de uma cepa do sorotipo B. A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. A partir de 1998, a OMS passou a fazer recomendações no segundo semestre de cada ano, para atender às necessidades de proteção contra influenza no inverno do hemisfério Sul.
Existem três tipos de vacinas contra influenza:
- vacinas de vírus fracionados;
- vacinas de subunidades;
- vacinas de vírus inteiros.
No Brasil, utilizam-se apenas as vacinas de vírus fracionados (split) ou de subunidades. Qualquer um desses dois tipos pode ser utilizado em todas as idades. Na composição das vacinas entram antibióticos, tais como a neomicina e a polimixina, e o timerosal como conservante. As vacinas contra influenza têm sido fornecidas em seringas já preparadas com 0,25ml e 0,5ml, bem como em frascos multidoses.
• Doenças que a vacina previne
Os vírus da influenza causam doença respiratória aguda, denominada influenza ou gripe, caracterizada clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal estar, mialgia e tosse seca. Conjuntivite, dor abdominal, náusea e vômitos são frequentes. Em crianças pequenas o quadro clínico pode simular uma sepse. O mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Pode ocorrer miosite - inflamações musculares -, com dores musculares e dificuldade de andar.
Entre as complicações que podem ocorrer destacam-se a pneumonia, viral ou bacteriana, e a síndrome de Reye, que se caracteriza pela presença de encefalopatia grave, mais comumente observada em escolares, muitas vezes em associação com o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina). As pessoas idosas e aquelas com doenças de base têm maior risco de complicações.
São também especialmente vulneráveis às complicações as pessoas imunocomprometidas, tais como os receptores de transplantes, os recém nascidos internados em UTIs e os pacientes com aids ou mucoviscidose.
Os vírus da influenza são ortomixovírus, com três tipos antigênicos: A, B e C. O mais importante epidemiologicamente é o tipo A, capaz de provocar pandemias, seguido do tipo B, responsável por surtos localizados. O tipo C está associado com a etiologia de casos isolados ou de pequenos surtos.
Os vírus da influenza A são subclassificados com base nas características de dois antígenos, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N), havendo três subtipos de hemaglutininas (H1, H2 e H3) e duas neuraminidases (N1 e N2). A imunidade a estes antígenos - especialmente à hemaglutinina - reduz a probabilidade de infecção e diminui a gravidade da doença quando esta ocorre. A infecção contra um subtipo confere pouca ou nenhuma proteção contra os outros subtipos.
Com intervalos variáveis, aparecem subtipos totalmente novos (por exemplo, mudança de H1 para H2), o que se denomina mudança antigênica maior, responsável por pandemias; mudanças antigênicas menores, dentro de cada subtipo, associam-se com a ocorrência de epidemias anuais ou surtos regionais.
• Indicações da vacina da gripe
No que se refere aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs), a Comissão Assessora de Imunizações do Ministério da Saúde estabeleceu as seguintes prioridades para vacinação:
- Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias;
- Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV-positivos;
- Pacientes submetidos a transplantes;
- Profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anteriormente.
- Pessoas de 60 anos e mais, por ocasião das campanhas anuais.
Grávida pode tomar essa vacina?
No caso de gestantes, é feita essa vacinação para prevenção, portanto ela não só é permitida como é administrada durante a gravidez.
• Doses necessárias da vacina contra gripe
Crianças com até nove anos devem receber duas doses, com espaço de quatro a seis semanas entre elas. Crianças com mais de nove anos e adultos recebem apenas uma dose. A vacina pode ser dada a partir dos seis meses de idade, anualmente, e preferencialmente antes da chegada do inverno.
• Administração da vacina da gripe
A vacina é aplicada através de injeção intramuscular ou subcutânea.
• Contraindicações
Qualquer hipersensibilidade aos componentes de uma vacina - como as proteínas do ovo - a torna contraindicada, além da reação anafilática após tomar uma das doses. Doenças febris agudas também contraindicam a aplicação imediata da vacina.
Quando a vacina for com bactéria atenuada ou vírus vivo se tornam contraindicações as seguintes condições: imunodeficiência congênita ou adquirida, uma neoplasia maligna e tratamento com corticoides a mais de 2 mg por quilo ao dia para crianças e 20 mg por quilo ao dia para adultos.Gestantes podem receber a vacina.
• Efeitos adversos possíveis
Dor local, de pequena intensidade, com duração de até dois dias. Febre, mal estar e mialgias, mais frequentes em pessoas que não tiveram exposição anterior aos antígenos da vacina (por exemplo, crianças). Começam seis a 12 horas após a vacinação e podem persistir durante um ou dois dias.
As vacinas constituídas por vírus fracionados ou por subunidades causam menos reação do que as de vírus inteiros. Reações anafiláticas são raras, geralmente em consequência da proteína residual do ovo.
• Onde encontrar a vacina da gripe
A vacinada gripe é opcional e está disponível na rede privada e na rede pública, durante as campanhas anuais de vacinação, para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, crianças de seis meses e menores de dois anos, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade. Alguns convênios médicos cobrem esta vacina no sistema particular de saúde. Consulte sua operadora para ver se seu plano oferece essa cobertura.
• Perguntas frequentes
Existem exames que podem identificar se estamos imunizados?
Vacinas de patógenos vivos, que podem causar a doença, conseguem sim ser identificadas por meio de exames de sangue - mas isso não tem relevância no ponto de vista médico. Isso porque a única forma de comprovar que uma pessoa está vacinada ou não é pela apresentação do registro na carteirinha.O Ministério da Saúde só considera vacina válida aquela em que o registro foi credenciado corretamente por uma corporação autorizada.
Pessoas com alergia a alguma vacina não poderão tomá-la nunca mais?
No geral, é muito difícil uma pessoa ser alérgica à vacina em si, mas a outros elementos que estão dentro dela. As contraindicações existem somente para pessoas que já sofreram um choque anafilático nos seguintes casos: para anafilaxias por ovo é contraindicada as vacinas de sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, pois esses vírus vivos são cultivados no alimento antes de irem para a vacina; em casos de anafilaxias por mercúrio são contraindicadas as vacinas com esse elemento, no geral as ministradas pelo SUS; e quem já teve choque anafilático por látex deve se informar sobre as vacinas em seu local de vacinação padrão, pois algumas podem conter resquícios da substância.
A vacina contra influenza é diferente para crianças, adultos e idosos?
Não, a única diferença é a quantidade e o número de doses. Crianças com idade entre seis e 35 meses recebem duas doses de 0,25ml cada, crianças com idade entre três e oito anos recebem duas doses de o,5ml cada e crianças acima de nove anos e adultos recebem uma única dose de o,5ml.
Como a taxa de mutação do vírus influenza é alta, devo tomar a vacina mais de uma vez por ano?
Não, a vacina só é alterada de um ano para o outro. Portanto a imunização recebida será a mesma e a prevenção idêntica.
Fonte: Minha Vida
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