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Corrida demais é tão prejudicial quanto exercício nenhum, diz estudo


05/02/2015


Pesquisa dinamarquesa com 5 mil voluntários sugere que a corrida ideal deve ser em ritmo leve e moderado, e por não mais de 2,5 horas por semana

Praticar corrida em excesso pode ser tão ruim para a saúde quanto não praticar exercício, segundo cientistas dinamarqueses.

Pesquisadores do Hospital Frederiksberg, em Copenhague, estudaram voluntários - todos saudáveis - ao longo de 12 anos: mais de mil praticavam corrida, ao passo que quase 4 mil não praticavam exercícios.

As menores taxas de mortalidade couberam aos praticantes de corrida a ritmo leve e moderado; já os que praticavam corridas intensas não registraram estatísticas muito diferentes das do grupo sedentário.

As pessoas que praticavam corridas mais intensas - particularmente aqueles que corriam mais de três vezes por semana ou a um ritmo mais forte do que 11 quilômetros por hora - tinham as mesmas chances de morrer que aquelas que não praticavam exercício.

"Você não precisa fazer tanto exercício para sentir um bom impacto na sua saúde. Talvez, na verdade, você não devesse praticar tanto (exercício). Não há no mundo recomendações de um limite máximo para o exercício seguro, mas deveria haver", disse o pesquisador Jacob Louis Marott.


• Caminhada vigorosa

Os pesquisadores ainda não sabem o que está por trás desta tendência, mas acreditam que mudanças no coração durante a prática de exercícios extremos podem oferecer uma explicação.

Em suas conclusões, os pesquisadores sugerem que "exercícios pesados, de resistência, podem induzir a um remodelamento patológico estrutural do coração e artérias no longo prazo".

"A pesquisa mostra que você não precisa correr maratonas para manter sua saúde", disse Maureen Talbot, enfermeira especializada em problemas cardíacos da organização British Heart Foundation.

"A orientação nacional (britânica) recomenda 150 minutos de atividades moderadas por semana. Pode parecer muito, mas até uma caminhada vigorosa é um bom exercício", acrescentou.


Fonte: Saúde iG



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