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Para quem é a cirurgia bariátrica


13/05/2015


Os benefícios desse tipo de procedimento, cada vez mais sólidos, não justificam sua indicação para qualquer um. Saiba quando, de fato, o bisturi é uma boa opção para emagrecer


Não dá para ignorar os resultados expressivos das cirurgias bariátricas. Numa revisão da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, a economista especializada em saúde Su-Hsin Chang investigou 164 estudos, que reuniram 161 756 voluntários pesos pesados. Tudo para concluir que, mesmo cinco anos após terem deixado o hospital, os participantes apresentavam, em média, uma redução de 12 a 17 pontos no índice de massa corporal (IMC).

Constatações como essa alavancaram o número de pessoas que enxugaram grandes excessos gordurosos com o bisturi. No nosso pais, saímos de 16 mil casos em 2003 para 88 mil em 2014 – um crescimento de 5,5 vezes, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).



O que avaliar antes de apelar para o bisturi


• IMC

De uma forma muito simplista, daria para dizer que são candidatos à cirurgia os sujeitos entre 16 e 65 anos com IMC de 40 ou mais – ou mesmo só acima dos 35, desde que já estejam com uma doença decorrente do excesso de peso.


• Tempo

Hoje, um dos principais fatores a serem analisados é o tempo que o indivíduo convive com a obesidade, aponta o cirurgião Cláudio Mottin, diretor do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, em Porto Alegre. Se for inferior a cinco anos, melhor apostar em táticas menos radicais.


• Fracasso de outras medidas

Outro critério fundamental é ter tentado, sem sucesso, medidas mais brandas por ao menos dois anos.


• Estado mental

Transtornos psiquiátricos descompensados ou fases turbulentas da vida no mínimo adiam a operação. Há quem precise de preparo psicológico por mais de um ano antes de fazer o procedimento, conta Luiza Heberle, psiquiatra que trabalha com Motin no Hospital São Lucas.



Para não operar e engordar de novo


• Antes de tudo

Uma bateria de exames é feita para checar se o candidato pode ser operado – e, se sim, em quais condições. Ele ainda passa por acompanhamento psicológico e já dá o pontapé inicial para modificações no estilo de vida.


• Logo após a cirurgia

Nos primeiros 15 dias, a dieta é composta de líquidos. Nas duas semanas seguintes, entram alimentos pastosos. Só depois de 30 dias estão liberadas comidas mais durinhas. O contato com os profissionais de saúde deve ser constante.


• Daí em diante

O tratamento não para aí. Fora os ajustes no cardápio e a inclusão de exercícios na rotina, a pessoa provavelmente recorrerá a suplementos de vitaminas e minerais. As consultas com o médico seguem por anos e mais anos.


Fonte: MdeMulher



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