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BEXIGA BAIXA
22/06/2015
As mulheres estão engravidando cada vez mais tarde. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou aumento de mães que engravidam entre 25 e 39 anos. Junto aos números, uma doença que afeta mulheres que engravidam na faixa dos 40 precisa ser conhecida para entrar no alerta de quem está no grupo de risco: o prolapso vaginal.
Popularmente conhecido como bexiga baixa ou caída, o problema ocorre quando os tecidos que sustentam os órgãos que ficam na parte de baixo do ventre se afrouxam, fazendo com que eles se desloquem. Isso pode acontecer com útero, parede vaginal, intestino e bexiga.
Quando há uma fraqueza mais intensa de todo assoalho pélvico (parte de baixo da pélvis) pode haver o prolapso (queda ou saída de um órgão de sua posição normal) do útero, diz Bárbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho. Segundo a especialista, este é um problema de grande impacto em qualidade de vida. Afeta a autoestima, a sexualidade, pode associar-se com doenças como incontinência urinária e fecal, além de facilitar infecções vaginais e urinárias.
• Principais causas
A mulher que suspeita de ter bexiga baixa deve se enquadrar em um ou mais fatores de risco. São eles: número de gestações – quanto mais gestações, maior o risco –, partos normais sem acompanhamento obstétrico adequado –, idade (mulheres mais velhas, a partir dos 70 anos, têm mais risco de desenvolver o problema), constipação intestinal crônica, doenças pulmonares e obesidade.Pacientes com baixos níveis de estrogênio, como na menopausa, mulheres que tiveram filhos grandes demais via parto normal ou que tenham doenças pulmonares (a tosse constante força a região), prisão de ventre crônica ou mesmo obesas (o que aumenta a pressão abdominal de forma contínua) têm uma tendência maior a desenvolver o prolapso genital, diz Luiz Gustavo Bueno, ginecologista e membro diretor da Sgorj (Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro).
• Sintomas
Depende do órgão afetado e da extensão do prolapso (quanto o órgão se deslocou). Muitas mulheres não têm sintoma. Quando apresentam, a queixa mais frequente é a de peso: a mulher tem realmente a sensação de que a bexiga está empurrando sua vagina para baixo. Não à toa, em alguns casos a bexiga chega a sair pela vagina e, mais raro, ocorre o reviramento total do órgão. Outros sintomas são incontinência urinária, repetidas infecções de urina, retenção de urina e de fezes e dor na relação sexual, afirma Bárbara.
• Tratamento
De acordo com o grau do prolapso, da intensidade das queixas da paciente e o impacto que o problema tem na sua qualidade de vida, o tratamento varia. Pode ser desde o simples acompanhamento com estimulação de exercícios pélvicos e fisioterapia até a realização de cirurgias, diz Luiz Gustavo.
• Prevenção
Manter o peso sob controle, evitar levantar grandes pesos, receber tratamento para a constipação e fazer exercícios para fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico são as melhores formas de prevenir a doença. Principalmente para as futuras mamães, os exercícios perineais são altamente recomendados.
Fonte: Portal Vital
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