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Vacina HPV pode prevenir em 70% o Câncer de colo de útero
09/10/2015
A segunda dose da vacina já está disponível nos postos de saúde
O câncer do colo do útero é a quarta causa de morte entre mulheres no Brasil e o terceiro tipo de tumor maligno com mais incidência entre o público feminino, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer - INCA. Anualmente são diagnosticados mais de 15.000 novos casos no Pais, dos quais 5000 levam ao óbito.
Os números relacionados à doença são muitos, mas a principal causa da doença é a infecção pelo vírus Papilomavírus Humano - HPV. Atualmente existem mais de 100 tipos de HPV´s, a transmissão do vírus ocorre por contato sexual desprotegido e resulta em uma infecção genital. Quando acontece o contágio, os sintomas não se manifestam rapidamente, o que pode fazer com que a doença só seja detectada em estágio avançado.
Conhecida também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, a infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis que podem estar localizadas na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta.
A infecção genital ocasionada pelo HPV é muito comum e quando não é identificada ou tratada corretamente, pode causar alterações celulares que resultam em um quadro de neoplasia de colo de útero. Estas alterações celulares podem ser descobertas facilmente no exame ginecológico preventivo Papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização periódica deste exame.
Vacina para prevenção
Além do uso de preservativo no momento da relação sexual e realização do exame de Papanicolau, uma forma de prevenção contra o vírus HPV e, consequentemente, contra o câncer de colo de útero é a vacina. Ela chegou ao Brasil em 2007 exclusivamente clínicas particulares, mas desde março de 2014 passou a faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e está disponível na rede pública para meninas de 9 a 13 anos de idade.
De acordo acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), a vacina do HPV pode reduzir em 70% a chance de câncer de colo de útero. Atualmente existem dois tipos de vacina contra o Papilomavírus Humano: a quadrivalente e a bivalente. A primeira é recomendada para meninos e meninas entre 09 e 26 anos de idade e é composta pelos vírus 16, 18, 6 e 11, os dois últimos são os causadores das verrugas genitais em 90% dos casos. Já a bivalente, é indicada para meninas e mulheres a partir dos 10 anos de idade.
É importante lembrar que a resposta imunológica à vacina é melhor quando aplicada até os 15 anos de idade, pois nessa fase as meninas produzem até 10 vezes mais anticorpos que as mais velhas. No entanto, não existe contra-indicação da vacina para mulheres de outras faixa etárias.
Campanha nacional
No primeiro semestre de 2015 o Ministério da Saúde iniciou campanha de vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 11 anos. Até agosto, 2,5 milhões de jovens receberam a primeira dose da vacina quadrivalente. No total serão oferecidas três doses da imunização. A segunda dose já está disponível desde o dia 8 de setembro no SUS. Quem tomou a primeira dose em 2014 ou no começo de 2015 já pode comparecer ao posto de Saúde com a carteira de vacinação para receber o complemento da vacina. A terceira dose deve ser tomada cinco anos depois, de acordo com o calendário do SUS.
A faixa etária também foi estendida e agora contempla meninas até os 13 anos de idade. Além disso, mulheres entre 9 e 26 anos que são portadoras do vírus HIV também podem tomar a vacina nos postos de saúde. A imunização também está disponível em clínicas privadas para meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade e adultos.
Onda contra o câncer
Como forma de incentivar que a população tome a segunda dose da vacina contra o HPV a Sociedade Brasileira de Imunização criou a campanha Onda Contra o Câncer. O site do projeto foi lançado no dia 08 de setembro e disponibiliza informações relevantes sobre a vacina. O objetivo é que todos entrem nessa onda e o Brasil consiga diminuir as estatísticas relacionadas à incidência do câncer de colo de útero. Para acessar clique aqui
Fonte: Minha Vida
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